sábado, 14 de junho de 2008


MP já...

O Congresso Nacional atrasa a aprovação do piso salarial dos educadores, não dá mais para esperar. Diante disso, nós da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) decidimos pedir uma audiência ao Presidente Lula para cobrar a promessa feita em janeiro de editar uma Medida Provisória estabelecendo o piso do magistério, caso os parlamentares não aprovassem o projeto até maio. Já estamos em junho e a categoria não agüenta mais o descaso dos congressistas e reivindica a aprovação o mais rápido possível do projeto do piso, inclusive na forma em que ele se encontra, sem mais alterações.
O próprio ministro da Educação, Fernando Haddad, apóia o piso, acha que está na hora de melhorar o salário da categoria e que não é possível pensar em educação de qualidade sem resolver o problema da remuneração. Haddad, ao receber na semana passada a diretoria da CNTE, admitiu que o MEC tem interesse que o projeto seja aprovado da forma em que está, inclusive está disposto a atuar junto aos parlamentares nesse sentido.
A aprovação do piso está passando da hora e é uma pena que interesses contrários à educação de qualidade estejam atrapalhando a tramitação da matéria no Legislativo. A CNTE considera lamentável não contar com o apoio do Congresso numa causa tão importante que é a dos educadores. Afinal, está nas mãos dos educadores a responsabilidade pela formação de milhões de crianças e adolescentes que representam o futuro do país.
Grande parte dos profissionais em educação tem uma média salarial bem abaixo de outras profissões, leciona em escolas com infra-estrutura precária, convivem com a violência e não recebem nenhum apoio de formação e atualização profissional dos governos. Não é possível pensar em qualidade quando educadores são obrigados a duplas ou triplas jornadas de trabalho para melhorar o salário.
O projeto ainda aguarda desfecho de recurso apresentado pelo relator da Comissão de Finanças e Tributação, o qual pretende retirar a hora-atividade da composição da jornada de trabalho. A CNTE não aceita esta manobra e está atenta ao seu desenrolar. A perspectiva é que o projeto de lei seja encaminhado nesta semana ao Plenário, inclusive para decidir a pendência da carga horária. E nós perguntamos: até quando será preciso esperar para que o piso nacional entre em vigor?
Site da CNTE

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