segunda-feira, 13 de julho de 2009

Avelós é usado em pacientes com câncer
Carla França
Tribuna Do Norte
De uma garrafada (preparo de ervas medicinais) tipicamente nordestina pode surge a mais nova esperança no tratamento contra o câncer. O produto, chamado de AM-10, foi desenvolvido a partir de uma planta conhecida como avelós e se mostrou eficaz nos primeiros testes realizados em pacientes terminais da doença."Nos testes in vitro a droga funcionou bem contra as células do câncer, em seguida testamos em ratos e cachorros e depois em pacientes terminais da doença e que já utilizaram outras drogas. Nesses casos também tivemos resultados positivos. Não é uma panacéia que vai curar todos os tipos de cânceres. Temos sim um produto brasileiro que vai ser uma ferramenta muito boa nas mãos dos médicos para o tratamento de diversos tipos da doença", disse o farmacêutico e coordenador da pesquisa, Luiz Pianowski.Durante essa primeira fase, começaram a surgir surpresas com relação à eficácia da droga.
Uma paciente terminal de câncer e outras quatro pessoas que serviram de cobaias tiveram não só uma estabilização do quadro clínico, como também a redução das dores que a doença provoca."Descobrimos uma molécula do avelós que é potente no combate à dor, por isso a droga também pode ser utilizada como analgésico e anti-inflamatório. Além da ação de conter ou reduzir o avanço da doença através de um processo chamado apoptose celular", explicou Luiz Pianowski.Apoptose é uma espécie de suicídio celular programado e no caso do AM-10, ele induz, aparentemente, apenas a destruição das células cancerígenas. "Diferente do que acontece na quimioterapia, que destrói, inclusive, as células humanas, deixando os pacientes mais debilitados. Essa droga é menos lesiva porque vai direto na célula do câncer", disse o farmacêutico.Com isso, a droga tem o potencial para, caso não haja a regressão, pelo menos conter ou reduzir o avanço da doença, induzindo a apoptose de muitas das células do tumor. Essa primeira fase de testes já foi concluída e a previsão da equipe de Luiz Pianowski é que a segunda etapa já comece em julho.
O tratamento será realizado em seis hospitais do Brasil - nenhum deles no Nordeste - inicialmente com160 pessoas e busca descobrir a dose melhor tolerada pelos pacientes. "Um possível efeito colateral é a diarréia, então tentaremos ver a dose máxima que podemos dar sem que isso se torne um problema. Dependendo do resultado, poderemos pular a terceira fase dos testes, que geralmente é feita com pacientes que não estejam com a doença em estado muito avançado", explicou Pianowski.A partir daí, os cientistas vão buscar aprovação da droga para que chegue ao comércio já no próximo ano. "Geralmente as pesquisas para a criação de novos medicamentos duram em média dez anos, mas graças à eliminação da burocracia e aos investimentos feitos por um empresário nordestino - os custos estão ente R$25 milhões e R$27 milhões - conseguimos diminuir esse tempo", disse Luiz Pianowski.Outra vantagem, segundo o farmacêutico, é o custo do medicamento. Apesar de ainda não existir um preço de comércio definido para a droga, o farmacêutico acredita que o valor seja mais em conta do que os medicamentos atuais, que podem chegar até R$13 mil.TESTESNão são todos os pacientes que podem participar dos testes. É preciso que essas pessoas se enquadrem no protocolo de procedimento feito nos hospitais que vão realizar os testes.Que quiser tirar dúvidas sobre os testes pode mandar um e-mail para os seguintes endereços:
secretaria@amazoniafitomedicamentos.com.br

Rio Grande do Norte vai receber laboratório de refino
O Rio Grande do Norte vai receber o primeiro laboratório de refino de avelós. A partir do próximo mês, o farmacêutico Luiz Pianowski vem morar em Natal parar agilizar a construção do laboratório.Fomos ver uma propriedade que tem muito avelós. "A matéria-prima vai ser feita aqui, no laboratório de refino da substância. O local ainda não está definido", disse Pianowski que vai comandar o laboratório.A substância já é produzida, em pequena quantidade, em Bragança Paulista, onde ele mora, mas tudo vai ser transferido para o RN, já que existe uma grande oferta da planta.Outros pesquisadores já foram contratados para trabalhar no laboratório para estender a quantidade do plantio do produto, que também poderá ser exportado."Quem sabe a indústria do medicamento também não venha para cá. Vamos tentar conversar com o secretario estadual de saúde para ver o que o Estado pode oferecer, mas nada relacionado à ajuda financeira", disse Pianowski.
Luiz Pianowski começou pesquisa há seis anosA pesquisa teve início há seis anos quando o empresário do ramo de bebidas, Everardo Ferreira Telles, procurou o pesquisador Luiz Pianowski, proprietário de uma empresa de consultoria farmacêutica para desenvolver uma pesquisa com a avelós.Depois de observar a melhora de um parente, que tinha câncer, após tomar a famosa 'garrafada' feita com avelós, ele resolveu investir em pesquisas.A avelós é uma planta típica das regiões Norte e Nordeste do país. Sua ação medicinal já era mencionada na cultura popular, o que motivou a indústria farmacêutica a analisar sua ação.Encontrada com alguma facilidade no Ceará, a planta avelós, poderá se tornar o primeiro medicamento feito, totalmente no Brasil, para a cura do câncer.
Fonte: TRIBUNA DO NORTE

terça-feira, 7 de julho de 2009

Pelo texto, o piso salarial será implantado de forma progressiva e proporcional, no decorrer de doze meses desde a entrada em vigor da lei

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou, na tarde desta terça-feira (30), o piso salarial nacional de R$ 930,00 para os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate a Endemias com formação profissional em nível médio. Conforme o PLS 196/09, de autoria da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), União, Estados, Distrito Federal e municípios ficam impedidos de pagar salário mensal abaixo desse valor para os agentes, considerando jornada máxima de quarenta horas semanais.

Pelo texto, o piso salarial será implantado de forma progressiva e proporcional, no decorrer de doze meses desde a entrada em vigor da lei. Dentro desse prazo, todos os entes federativos deverão elaborar ou adequar seus planos de carreira para incluir os agentes de saúde e os que fazem o combate às endemias, só podendo haver ingresso de novos agentes nos quadros por meio de concurso público.

O projeto segue agora para exame na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), que também prevê correção anual do piso, sempre no mês de janeiro, pelos índices oficiais de inflação do ano anterior.

Patrícia Saboya destacou que os agentes de saúde vêm produzindo resultados favoráveis em todo o País, tornando a categoria “indispensável” aos programas governamentais de saúde. A senadora afirmou ainda que os agentes não contam por enquanto com uma “retribuição condigna”.

Para a parlamentar cearense, a atuação dos agentes de saúde é ainda mais relevante nas localidades pobres, em estados e municípios que enfrentam grandes dificuldades financeiras para manter as ações de saúde. Por essa razão, justifica Patrícia, foi previsto mecanismo para garantir suporte da União para o pagamento do piso.

Agência Senado

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Senadores farão levantamento dos municípios que não pagam o Piso Salarial dos Professores
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) vai criar um grupo de trabalho formado por três senadores para fazer um levantamento sobre a quantidade dos municípios brasileiros que estão deixando de pagar o piso nacional do magistério, fixado em R$ 950,00 para os professores de educação básica, em vigor desde o dia 1º de janeiro de 2009.
O grupo, que contará com a ajuda de entidades ligadas ao ensino, como o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), com apoio do Tribunal de Contas da União (TCU), também fará um diagnóstico com relação à consolidação do plano de carreira do magistério, a ser implementado até o final do ano.
A decisão foi tomada nesta quarta-feira (1) pelo presidente da CE, senador Flávio Arns (PT-PR), após acatar solicitação do senador José Nery (PSOL-PA), durante audiência pública para discutir o piso salarial, remuneração dos professores e aposentadoria especial para os que exercem cargos de direção, coordenação e assistência pedagógica.
Na prática, muitos municípios alegam não ter condições de pagar o piso salarial e nem de promover planos de carreira para os professores. Alguns governadores chegaram a ingressar na Justiça questionando a constitucionalidade da medida, aprovada por unanimidade no ano passado pelo Congresso Nacional.

Cobranças

Roberto Franklin de Leão, presidente da CNTE, disse que a lei do piso não tem sido cumprida em vários municípios. Por isso pediu aos senadores que lutem para que a proposta seja cumprida. Do contrário, observou, a lei cairá no vazio, prejudicando milhões de profissionais e o próprio ensino. Ele também pediu mais recursos federais para ajudar os municípios mais pobres a pagar o piso.
Já para Cleuza Repulho, presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), que também participou dos debates, o problema está em saber se um determinado município possui ou não condições de pagar o piso salarial. Ela defendeu ainda a construção de mais creches e escolas infantis, além de políticas destinadas a melhorar a infraestrutura das escolas municipais que, observou, encontram-se sucateadas.
A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) disse "não admitir" que qualquer prefeitura deixe de pagar o piso salarial para os professores, em virtude da existência de uma legislação que garante o pagamento do benefício. E lembrou que os municípios que não tem condições de bancar o pagamento, recebem complemento da União.
O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) salientou que gastos com a educação não podem ser carimbados como despesas, e sim como investimentos, enquanto o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), autor da lei do piso salarial, voltou a defender a criação da carreira nacional do magistério da educação de base. A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) salientou que a lei tem que ser cumprida e que o professor deve ser valorizado, a começar pelo pagamento de melhores salários.
Também participou dos debates a secretária de Educação de Pernambuco, Ivaneide de Farias Dantas, que pediu maior apoio da União e dos governos estaduais para ajudar os menores municípios a implantarem o plano de cargos e salários.

Da Agência Senado